Como estudantes de Música, temos que dividir nosso tempo entre os estudos técnicos do instrumento, repertórios, apresentações e conteúdos teóricos, além de outros afazeres.

É nesse corre diário que muitas vezes priorizamos o estudo do instrumento deixando pra “última hora” os estudos teóricos, pois confiamos nas nossas anotações durante as aulas ouna gravação (que sempre dá pra assistir mais tarde).

Mas, às vezes, nossas anotações podem estar cheias de informações confusas e optamos por assistir de novo a aula para decifrar os códigos, tomando um tempo precioso que poderia ser melhor aproveitado.

Para tornar as anotações feitas durante a aula mais claras, você não precisa transcrever palavra por palavra do professor ou copiar cada vírgula do slide, pois, além de tornar a tarefa mais difícil tecnicamente, atrapalha a concentração e consequentemente o entendimento do assunto.

Foque nas ideias fundamentais e as anote em forma de palavras-chave, expressões ou até mesmo desenhos que traduzem o conteúdo. Sequencie em categorias (substantivas e verbais) na ordem de fala ou de relevância. Muitas vezes algo que é dito no final pode complementar uma ideia dita no início, por exemplo.

Ao registrar apenas pontos relevantes da aula, o tempo que você gastaria reassistindo poderá ser melhor utilizado revisitando o conteúdo e complementando os pontos anotados com pesquisa e leitura de textos teóricos (que será nosso próximo tópico). Assim você estará trabalhando de forma inteligente e racional, atuando em todas as dimensões da aprendizagem.

Reforçamos que assistir a gravação da aula (se você estava presente) não é de todo prejudicial, é um bom recurso para tirar dúvida. Porém quando se torna habitual pode se tornar nocivo para a otimização de seus estudos acadêmicos.


Fonte: SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 23ª edição. São Paulo: Cortez, 2007. (p 43-46)